Dia 13 [Siófok (Balaton) - Budapeste]

13.º dia [19-08-2012]
[Siófok (Balaton) - Budapeste]
O trajeto de Siófok a Budapeste foi realizado de comboio.
  
Acordar, pequeno-almoço e uma última visita ao lago … para um último banho. Mais uma vez, fomos dos primeiros a chegar :) Às 10H30 já estávamos na estação de comboio a comprar os bilhetes para Budapeste. Enquanto esperávamos pelo comboio, foram chegando os visitantes de fim de semana que estavam de regresso a Budapeste e outros locais. De uma maneira geral: tudo gente muito jovem, maioritariamente mulheres … algumas brancas como a cal (só devem ter saído à noite, não apanharam sol!) e, quase todos com um ar cansado … sinal que o fim de semana fora de “caixão à cova” :) A viagem foi normal mas deu muito sono. Houve um ligeiro atraso (para além das 01H45 previstas) devido a atrasos noutros comboios com que nos cruzámos.

Ao chegar a Budapeste, nas informações da estação de comboios, arranjamos um pequeno mapa da cidade onde a senhora nos assinalou o local onde poderíamos encontrar o posto de informações para turistas. Sempre com o Moleiro como GPS :), lá chegamos às informações. Numa primeira fase, eram umas raparigas que estavam numa praça, com um guarda-sol, e iam dando indicações sobre a parte turística da cidade e sobre os City Cards, que são cartões que dão acesso e descontos em muitos locais. Relativamente às informações sobre dormidas - no nosso caso, hostels – reencaminharam-nos para o “verdadeiro” posto de turismo que estava a uns 150 metros do local onde nos encontrávamos.

Ao aproximarmo-nos desse local, fomos abordados por um tipo (com ar de marroquino) que nos dava flyers para a mão e dizia para irmos com ele a uma rua meio escondida (com ar suspeito) onde arranjaríamos dormida barata. Educadamente, “despachei-o”, e fui ao posto de turismo. A senhora disse que não sabia as características dos hostels (queríamos quarto duplo com wc privado) mas lá me deu um flyer de um hostel e disse para vermos se esse tinha o que queríamos. Fiquei um pouco desanimado com o atendimento, dado que na noite anterior tinha visto na internet que havia mais de 80 hostels/pensões em Budapeste. Pensava eu que no turismo me iriam ajudar a selecionar um :( Saí de lá e o tal tipo veio outra vez falar comigo. Disse-lhe que estava a ver uma coisa no mapa e já ia falar com ele. Deixei a carteira e o telemóvel com o Moleiro e fui ter com o tipo. Levou-me para a tal rua onde havia um escritório com uma senhora de idade que “controlava” uma série de contactos de hostels (pelo menos, fiquei com essa ideia, dado o número de flyers que tinha espalhados pela mesa). Disse-lhe o que pretendia e ela, com ar importante e de quem controla tudo, deu-me a entender algo como “se não for eu, não te safas” … que ia ser difícil arranjar o que queríamos porque no dia seguinte era um feriado nacional muito importante, com festa na cidade e que estava tudo cheio.


A conversa dela não me convenceu e perguntei-lhe o que é que me consegui arranjar. Apresentou-me um que seria a 44€ por noite mas que tinha de telefonar. Apresentando-lhe o mapa, perguntei-lhe se era longe dali. Registei o local que ela assinalou e disse-lhe que estava com um colega que estava a analisar a situação do comboio para o aeroporto dali a 3 dias e que a nossa decisão estaria, também, dependente disso. Fui ter com o Moleiro e contei-lhe o sucedido e que achava que ela estava tentar “comer-nos”. Como o flyer do posto de turismo falava em dormidas a partir de 10€ e o nome do local não me era estranho, resolvi pegar no telemóvel e ver os locais que eu tinha andado a “estudar” na noite anterior. De facto, o hostel do flyer era um dos que eu havia pré-selecionado na net. Fui, novamente, ao posto de turismo saber onde poderia aceder à net para imprimir os bilhetes de avião de regresso e indicaram-me um local que ficava perto dos dois hostels, o que eu tinha selecionado e o que a outra estava e tentar impingir-me. Estava decidido: vamos ao hostel que vi na net, passamos pelo local para imprimir os bilhetes e, caso o primeiro hostel falhe, vamos ao tal que a outra nos estava a tentar vender. Necessitávamos da sorte das noites anteriores … não estava com vontade de “bater a cidade” à procura de dormida :(
Descoberto o hostel (City Hostel Corvin), disse que queria um quarto duplo, com wc privado, para 3 noites, que tínhamos bicicletas para guardar e que no posto de turismo nos tinham informado que eles talvez nos pudessem desenrascar (conversa para tentar convence-los a arranjar-nos dormida!). A rapariga que nos atendeu disse que para dois não tinha dormida e ia continuar a falar quando um tipo que estava ao meu lado – e julguei ser cliente – disse: “ok, ok … pode ser”. Arranjaram-nos um quarto com 3 camas por 75€ para as 3 noites!!! … 12,5€ cada um por noite!!! Mais uma vez, como em Gyor, estávamos numa residência de estudantes que, em período de férias da escola, “transformava-se” em hostel para rentabilizar os espaços. Ótimas condições a um preço fantástico!!! Se lerem as críticas no HostelWorld, o pessoal queixa-se de ter cozinha mas não haver panelas ... de a internet/wi-fi estar sempre ocupada/não dar acesso porque só há um pc que distribui o acesso ... que o hostel  fica longe do centro da cidade, etc ... nós gostamos muiiiito do preço e as críticas apresentadas, embora válidas, referem-se a pontos que não nos afetavam. Além disso, tivemos direito a guardar as bicicletas numa “garagem adaptada” … tratava-se de um quarto onde estavam as máquinas do aquecimento do hostel … e assim as bikes ficaram mais protegidas que na “garagem oficial” que era aberta.

Depois do banhinho tomado e a alma refrescada, preparamo-nos para ir comer/beber qualquer coisa e imprimir os bilhetes de regresso. Lembrei-me, então, de “me fazer de parvo” e perguntar ao tipo se sabia de algum sítio com acesso à Internet e onde fosse possível imprimir os bilhetes que tinha no meu email. Fui convidado a entrar na receção :) e a imprimir … Estou a ficar especialista nesta coisa de “bater coros” e “fazer-me de parvo” :) Tudo resolvido, agora sim, podíamos ir beber uma cervejola para relaxar :) … e comprar qualquer coisa para o jantar. Embora tivéssemos fogão, optamos por comprar comida já feita … prato bem composto e uma cola por 1200 florins (4€) :) Depois, descemos para tomar um cafezinho da máquina e
confirmamos que sempre existia o tal feriado nacional e a festa na cidade. Trata-se do dia de S. Estêvão e é celebrada a fundação do estado húngaro, há mil anos atrás. Romaria em Budapeste!!!! :) Estou curioso para ver a confusão na cidade já que, tal como em Viena, chegámos num domingo e o trânsito na cidade é diferente do trânsito durante a semana. Chegada a hora de ir descansar e o Moleiro está adoentado :( A “praia” e o descanso fizeram-lhe mal :) Felizmente, eu trouxe ben-u-ron e ibuprofeno para as maleitas da cabeça e musculares :)